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terça-feira, 24 de julho de 2012

Dom Müller à FSSPX: Vaticano II é vinculante.

O chefe da Congregação Romana para a Doutrina da Fé, Arcebispo Gerhard Ludwig Müller, disse que o Concílio Vaticano II é obrigatório para um possível acordo com a ultraconservadora FSSPX. As declarações do Concílio sobre liberdade religiosa, judaísmo e direitos humanos teriam “implicações dogmáticas,” disse Müller ao “Sueddeutsche Zeitung” (sábado). “Elas não podem ser rejeitadas sem comprometer a fé católica.”
A atitude de Roma com relação aos tradicionalistas é óbvia. “Temos que aguardar e ver qual será a declaração oficial da FSSPX”, disse o Arcebispo. Ele rejeitou as declarações da FSSPX, segundo as quais o Papa Bento XVI gostaria muito da unidade com eles, mas a Congregação para a Doutrina da Fé seria contra. Isso “não tem nada a ver com a realidade.”
As faculdades de teologia e os teólogos estão engajados, na opinião do Arcebispo Gerhard Ludwig Müller, frequentemente em questões secundárias. Entretanto, sua tarefa principal é o grande debate com os valores ateístas e seculares, disse o novo Arcebispo.
Por exemplo, Müller citou a Ética Médica. “Na Alemanha há professores que podem dizer coisas significativas e apresentar contribuições para comitês de ética”. Em suas próprias palavras, Müller gostaria de apoiar esses teólogos. O Arcebispo conclamou as faculdades ao diálogo com outras ciências para continuar na ofensiva.  “Muitos reitores de universidades estão felizes por terem faculdades de teologia”. Questões como, por exemplo, o diaconato de mulheres, por outro lado, não seriam resolvidas pelas faculdades, disse o ex-professor de dogmática de Munique. “Essas são questões doutrinais”. Quanto à critica do teólogo de Tubinga, Hans Küng, sobre a sua nomeação, Müller disse: “Uma vez que Hans Küng é infalível, isso deve ser verdade”. Kung havia falado de uma “desastrosa nomeação.”

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