O chefe da Congregação Romana para a Doutrina da Fé, Arcebispo Gerhard
Ludwig Müller, disse que o Concílio Vaticano II é obrigatório para um
possível acordo com a ultraconservadora FSSPX. As declarações do
Concílio sobre liberdade religiosa, judaísmo e direitos humanos teriam
“implicações dogmáticas,” disse Müller ao “Sueddeutsche Zeitung”
(sábado). “Elas não podem ser rejeitadas sem comprometer a fé católica.”
A atitude de Roma com relação aos
tradicionalistas é óbvia. “Temos que aguardar e ver qual será a
declaração oficial da FSSPX”, disse o Arcebispo. Ele rejeitou as
declarações da FSSPX, segundo as quais o Papa Bento XVI gostaria muito
da unidade com eles, mas a Congregação para a Doutrina da Fé seria
contra. Isso “não tem nada a ver com a realidade.”
As faculdades de teologia e os teólogos
estão engajados, na opinião do Arcebispo Gerhard Ludwig Müller,
frequentemente em questões secundárias. Entretanto, sua tarefa principal
é o grande debate com os valores ateístas e seculares, disse o novo
Arcebispo.
Por exemplo, Müller citou a Ética Médica.
“Na Alemanha há professores que podem dizer coisas significativas e
apresentar contribuições para comitês de ética”. Em suas próprias
palavras, Müller gostaria de apoiar esses teólogos. O Arcebispo
conclamou as faculdades ao diálogo com outras ciências para continuar na
ofensiva. “Muitos reitores de universidades estão felizes por terem
faculdades de teologia”. Questões como, por exemplo, o diaconato de
mulheres, por outro lado, não seriam resolvidas pelas faculdades, disse o
ex-professor de dogmática de Munique. “Essas são questões doutrinais”.
Quanto à critica do teólogo de Tubinga, Hans Küng, sobre a sua nomeação,
Müller disse: “Uma vez que Hans Küng é infalível, isso deve ser
verdade”. Kung havia falado de uma “desastrosa nomeação.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário